Acredito na pele.
A pele encontra-se no local mais vibrante do universo.
É ali (não aqui) que acontece a troca entre mim e ti.
A pele da íris é a membrana de um pipeline jorrante para dentro.
A pele do tímpano é o íman que nos recoloca incessantemente perante o outro.
A pele das narinas reage a baixas frequências, subliminarmente sobre as memórias profundas.
A pele da língua não distingue o suor do sangue, é a mais elementar de todas.
O tacto, por fim, é o último elo, a prisão, a confirmação de que não posso sentir a tua pele, apenas a ponta dos meus dedos.